quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sentimento sem pontuação





Há alguém, que seja
Mais feliz que eu?
Ninguém e todo mundo!
Conto-te, que a felicidade só pode ser descoberta
em nossos corações, o resto é fascinação!




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Odeio você me odeia
Pois amo você me ama
Amor quem ou será
Capaz de ter sido alguém

Também fora puder
Ter sido eu ou você
Entendes por entender
Quem amor eu ser

Ingrato amante igualmente
Diferente tom de dizer
Quem dirá fosse você
Eu a mim mesmo a sofrer

Mas não por ti falarei
Quem ouve si mesmo contar
Falar palavras na tua boca
Um jeito que há alguém a amar


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Amor
Sem ponto final

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Venha de Minh' alma!


Espero a chuva
Pra desabafar desse mundo
Pra me livrar da sujeira
Da maldade cotidiana









Aguardo paciente
A chuva...
Pois sei que ela
Trará minha paz

Ela quem me traz
O gosto da pureza
Das lágrimas divinas
Que se misturam com as minhas

Eu nunca quis deixar você ver
O quanto meu coração machuca-me
Assim choro junto da chuva

Pois então
Não saberás de minhas
Lágrimas por entre
As gotas de chuva

Mas saberás
Que cada tempestade que virá
É porque não consigo mais
Segurar toda minha tristeza

Espero um dia
Quando minhas lágrimas cessarem
Irei ao encontro do sol com um sorriso bobo

Mas enquanto isso
Espero a tempestade
Pra chorar junto à chuva

...

segunda-feira, 6 de julho de 2009





Posso ainda acreditar em esperança?
Abrirei meus olhos e verei quem sou?
E tudo que me torna diferente?
Preciso ainda ter esperança?





Rondam-me os sonhos vespertinos
Tão carregados de certeza
Assim como a solidez do vento
Tão cheios e coloridos como o vazio

Desvia a luz de meus olhos para ti
Gritas em meus ouvidos de modo a somente eu escutar
Mova meus pés a caminho de tua direção
Esperei-te, agora vem me buscar

Gritas-te em minha boca teu nome
E agora sei quem és
E mais forte que minha fome de viver
É minha fome de sonhar

Ainda que não entenda o que se passa por mim
Mesmo que o diferente seja o certo em meu mundo
Ainda estou em algum lugar à espera por vir
Um sonho novo que mude o sentido de tudo



Preciso ter esperança?
Quando abrirei meus olhos verei quem sou
E tudo aquilo que me tornou diferente
E nessa afirmação tão assertiva haverá uma espécie de amor.

Um Sonho Por Todos


"Trago hoje um sonho,
Aquele pelo qual acordo todos os dias"




JAGUADARTE
.
.
Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e reviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas
E os momirratos davam grilvos.
.
"Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Felfel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassura!"
.
Ele arrancou sua espada vorpal
E foi atrás do inimigo do Homundo.
Na árvore Tamtam êle afinal
Parou um dia, sonilundo.
.
E enquanto estava em sussustada sesta
Chegou o Jaguadarte, ôlho de fogo,
Sorrelfiflando através da floresta,
E borbulia um riso louco!
.
Um, dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para trás, para diante!
Cabeca fere, corta, e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.
.
"Pois então tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!"
Êle se ria jubileu.
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Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas
E os momirratos davam grilvos.
.
.
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JABBERWOCKKY
.
.
'Twas brillig and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe.
All mimsy were the borogroves
And the mome raths outgrabe.
.
"Beware the Jabberwock my son!
The jaws that bite, the claws that catch!
Beware the Jubjub bird
And shun the frumious Bandersnatch!"
.
He took his vorpal sword in hand
Long time the manxome foe he sought
So rested he by the Tumtum tree,
And stood awhile in thought.
.
And, as in uffish thought he stood,
The Jabberwock, with eyes of flame,
Came whiffling through the tulgey wood,
And burbled as it came!
.
One, two! One, two! And through and through
The vorpal blade went snicker snack!
He left it dead, and with its head
He went galumphing back.
.
And hast thou slain the Jabberwock?
Come to my arms my beamish boy!
O frabjous day! Callooh! Callay!
He chortled in his joy.
.
'Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe.
All mimsy were the borogroves,
And the mome raths outgrabe.



Poema "nonsense".
Tradução de Jabberwockky de Lewis Carroll por Augusto de Campos