quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

♦ Puro Descuido…

Estava ali, bem ali.

Não precisava de muitas coisas,

Na verdade quase nada.

Vivia sentado na beira de uma varanda

Onde pessoas passavam,

Onde assistia prazerosamente,

A vida acontecer.

À noite o céu se enchia de graça

Tinha a companhia da lua,

E as estrelas não me deixavam só

Tive tudo que um homem sonhara.

As garotas mais interessantes ao meu redor.

Os carros mais potentes e lindos.

Mansões e iates luxuosos.

Só precisava fechar os olhos e tudo tinha.

Então por uma rebeldia até então nunca vista em mim

Minha vida perfeita foi atacada.

O pior é que eu poderia ter impedido

Mas fui tomado também por certa curiosidade humana.

Caí nas tentações da vida real,

O universo paralelo ao qual estava acostumado

A vida real.

A simpatia da crueldade

Logo avistou meus olhos

Adentrando meus corpo,

Tomando conta de meus sentidos.

Puro descuido,

Já não tenho os mesmos sonhos.

Agora tenho também pesadelos.

Puro descuido.

Perdi quem tinha ao meu redor,

Vendi minhas riquezas por uma quantia de agonia

Minhas noites são de céu encoberto,

Agora fecho meus olhos para dormir.

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