quarta-feira, 22 de abril de 2009

Um Corpo Desbotado ♦


"Reclamo que não tenho tempo
Quando na verdade, nunca hei de te-lo!"


Com os olhos
Fechados
Vejo a linha do horizonte
Iluminada pela luz da lua
Ao meio dia


Com a boca fechada
Canto baixo
A melodia
Da meia-noite
Que nunca sequer existiu


A cada passo que dou
Meu corpo
Enfraquece
Minha alma eleva-se


Inspiro com violência
Ar em meus pulmões
E por fim
Me torno menos carnal


Meus pés

Não me dizem
Pra onde vou
E minha mente
Nem quer saber


Com minhas mãos
Acoberto meus ouvidos
E continuo a ouvir a voz
Que nunca escutarei


Com o coração doente
Eu sofro pelo amor de quem
Sempre será um sonho bom
Mas só um sonho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário